“Não temas! Não estou eu aqui, que sou sua mãe?”

História de Nossa Senhora de Guadalupe

A aparição

Estava o índio Juan Diego muito triste e perturbado, na direção da cidade do México, a procura de um sacerdote, para trazê-lo junto ao tio que estava muito doente. No percorrer do caminho no alto do monte viu a Virgem Santíssima, respaldada pelos raios do sol e festejada pelos mais belos cantos dos pássaros. Ela foi ao encontro do índio ainda muito perturbado e disse: “Meu filho, nada te aflija e perturbe seu coração. Não estou aqui eu, que sou a tua mãe? Não estás debaixo da minha proteção? E a Virgem continuou: “Não te aflijas pela enfermidade do teu tio! Tenha certeza de que ele já está curado”.

Então a Virgem pediu com a maior delicadeza que o índio fosse revelar ao Bispo da cidade o seu pedido, para ser erguido uma ‘casinha’ para que nela, ela, pudesse mostrar todo o seu amor, compaixão, auxilio e amparo.

O primeiro Milagre

O Bispo não acreditou no índio, e com desconfiança disse para o índio que precisava de um sinal, para acreditar e atender o pedido dela. Quando o índio Juan Diego voltava para sua casa, a Virgem apareceu novamente pra ele. Ele contou sobre a desconfiança do Bispo e pediu pra que Ela instruísse outra pessoa mais capaz e ela disse: “escuta bem, meu caçulinha, meu filho mais querido. Eu tenho vários servos e mensageiros aos quais poderia encarregar de levarem a mensagem, mas eu quero que tu mesmo o faças, porque tu és o mensageiro de minha confiança”.

Maria sorrindo, pediu pra Juan Diego subir até o topo do monte que lá encontraria rosas especiais, impossíveis de florescer no inverno, pediu para corta-las e junta-las em seu manto (tilma) e que levasse ao Bispo como sinal do seu pedido.

O Segundo Milagre

No dia 12 de dezembro de 1.531, Juan Diego foi recebido com muita dificuldade pelo Bispo. Comprimentou-o e foi logo desdobrando o manto (tilma), para mostrar as flores, enquanto lhe dizia: “Aqui tens o sinal que pedistes”! E na medida em que desenrolava o manto, atrás da rosas, aparecia a belíssima imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, impressa nele. O Bispo ao ver esse grande prodígio, emocionado, caiu de joelhos e acreditou.

A imagem foi levada a Catedral para ser visitada e venerada e causou uma grande comoção em todo povo mexicano. Diante de todas essas maravilhas de Deus, o Bispo e os fiéis ergueram o primeiro Santuário, no lugar em que a Virgem havia aparecido e recomendado. Devido ao crescente fluxo de peregrinos, este Santuário foi demolido e reconstruídos por várias vezes, até dar lugar hoje a um Santuário maior, inaugurado pelo Papa João Paulo II em 1.976 e nele encontra-se guardada, cuidadosamente, a Imagem original da Virgem. Em 1.979, o mesmo Papa consagrou Nossa Senhora de Guadalupe, como Padroeira da América Latina.

Basílica Velha

São Juan Diego
Consagrada Basílica

Em 14 de novembro de 1921, o pedreiro Luciano Pérez, anarquista espanhol, depositou um arranjo de flores sobre o altar, diante da Imagem. O povo admirou a piedade… Mas às 3 horas da noite, deu-se uma violentíssima explosão. As flores escondiam uma carga de dinamite.
A violenta explosão destruiu o altar de mármore, todos os vasos e castiçais, os vitrais da basílica e os vidros dos prédios vizinhos. Hoje, um pesado Crucifixo de bronze, que estava diante da Imagem, conserva-se exposto: quebrado e entortado. Mas, a “tilma” (o poncho, a capa do índio, hoje São Juan Diego) com a Imagem de Nossa Senhora de Guadalupe nada sofreu; ficou totalmente ilesa desta explosão

Basílica Nova

A Basílica da Nossa Senhora de Guadalupe é o segundo santuário católico mais visitado no mundo, perdendo somente para a Basílica de São Pedro. A Basílica de Guadalupe recebe mais de 20 milhões de visitantes ao longo do ano e inumeráveis peregrinações de todo o México, tendo inclusive, superado a Basílica de São Pedro em número de visitantes no ano de 2006.

A Basílica de Guadalupe, ao ser declarada santuário nacional do México e basílica menor pelo Vaticano, tornou-se um dos primeiros santuários marianos da América Latina. O principal acesso à Basílica é por “La Villa de Guadalupe”, conhecida popularmente como “La Villita”, e fica no norte da cidade do México.

Esta moderna basílica foi construída na década de 1970, projetada pelo arquiteto Pedro Ramírez Vázquez (que também projetou o Estádio Azteca). Foi idealizada em estilo moderno e viabiliza permitir uma vista total do altar para os que estão no interior. A estrutura é suportada por 350 pilares e pode abrigar 10 mil pessoas no interior. No entanto, em celebrações especiais são colocados assentos adicionais e a capacidade chega a até 40 mil lugares.

A Basílica Nova abriga ainda, em seu interior, a tilma de Juan Diego Cuauhtlatoatzin com a estampa de Nossa Senhora de Guadalupe.

O Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe é uma basílica menor da Igreja Católica e santuário nacional do México. Dedicado à Virgem de Guadalupe, está localizado no Monte do Tepeyac, na Cidade do México. É considerado o principal templo da Igreja Católica no continente americano e um dos mais visitados do mundo, recebendo cerca de 20 milhões de fiéis anualmente.

O santuário é composto de várias igrejas e capelas, dentre elas as duas basílicas, uma do século XVI, e outra de 1974, cujo projeto é do arquiteto mexicano Pedro Ramírez Vásquez. Esta nova basílica foi construída em razão do afundamento da Antiga devido ao terreno movediço, pois a Cidade do México foi construída em cima de um lago aterrado, o Lago de Texcoco.